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NÃO REPRIMIR O AMOR
“Nossa obra mais importante é manter a castidade de Deus, ou seja, manter no coração o amor, amar como Jesus ama. Portanto, para ser puro não é preciso tolher o coração e nele reprimir o amor. É preciso dilatar segundo a medida do coração de Jesus e amar a todos”          (Chiara Lubich)
As coisas passam muito rápidas e a vida se apresenta com grandezas e limites; onde a maioria dos sonhos não se realizará. O grande desafio consiste em criar condições para que a pessoa e a coletividade possam ser felizes. Quem hoje promete uma vida boa, vai ganhar muita publicidade e incontáveis seguidores. A indústria do entretenimento é a que mais fatua e se expande. Mesmo assim, o homem nunca sofreu tanto. Isto porque busca fora de si àquilo que só se pode encontrar dentro de si mesmo.
Há de se considerar que, a vida é principalmente: relação, convivência, qualidade de relacionamento. É na relação com os outros que a pessoa se alto afirma, desenvolve suas qualidades e contribui para o bem comum. Isso significa que somente dilatando seu coração para as medidas mais abrangentes, como o exercício da arte do amor, que significa a arte do saber viver, que ele encontrará realização.
Dilatar o coração. É uma medida muito simples e que todos podem experimentar. O modelo para isto é o próprio Cristo que ama a todos e a cada um de forma exemplar. Se não quisermos que o nosso coração se transforme em pedra (duro e frio), convém apostar na capacidade de amar muito a todos. É só começar. Uma palavra, um sorriso, um gesto de atenção para quem está ao nosso lado.
Dilatar o coração é se livrar dos preconceitos e resistências. É não reprimir o coração, mas buscar aquela medida que ama a todos e a cada um sem exceções, incluído o inimigo.
                                                                                            (inspirado no artigo de Zoar Zegheib)

SEXUALIDADE DOM DE DEUS!

            Aconteceu no dia 06 de março de 2012, a primeira formação para a Juventude Católica de Uauá-BA. O encontro foi realizado pela Paróquia São João Batista sobre a coordenação do Pe. Valdeijânio e do Seminarista Isael Brito. Contou também com a presença da Pe. Raimundo Jorge, Coordenador do Setor de Juventude da Diocese de Juazeiro. Este encontrão se realizou no Centro Paroquial e teve a participação de mais de 40 Jovens. Animou o encontro a Banda Kairós e o Ministério de Música. A formação teve a seguinte estrutura: Espiritualidade, Louvor e Formação. Na ocasião se refletiu o Tema: “Sexualidade” o que é isso mesmo?
            O objetivo do encontro foi fazer com que a Juventude uauaense perceba que, sexualidade não se resume ao sexo, mas “a sexualidade tem suas raízes na dimensão corpórea do homem e da mulher.” Esta por sua vez é um dom de Deus; ela faz parte daquela obra criada que Deus viu ser muito boa. Ela é muito mais que os órgãos genitais, ela atravessa todo nosso ser no aspecto físico, psico-afetivo, social e espiritual. Não nos comunicamos apenas pelas palavras. Nosso corpo também se manifesta através de gestos, expressões faciais, olhares, posturas e muitos outros sinais que revelam nossa intimidade, nossos sentimentos, mesmo quando não falamos.
No amor, a sexualidade é levada a fazer-se Dom. Este amor doação busca sempre o bem das pessoas, das comunidades e da própria sociedade. O jovem precisa de amor afetivo, mas se não  estão recebendo dos pais e familiares. Diante deste vazio, acaba tentando dar amor a si mesmo, e o faz através da masturbação, do vicio das drogas, alcoolismo e prostituição.
            O sexo, por exemplo, vivido sem responsabilidade pode degenerar em vulgaridade e libertinagem. Não esqueçamos que “Deus criou o homem e a mulher a sua imagem e semelhança” (Gn 2, 24). E o “fato de existirem dois sexos é sinal de riqueza da criação. Homem e mulher se enriquecem reciprocamente.” Portanto, meu Jovem! Você veio à vida todo masculino. Com toda a sexualidade e a genitalidade masculina, para poder, um dia, na união estável do lar, gerar filhos. Assim acontece também com você minha jovem! Você nasceu toda feminina. Com a sexualidade e genitalidade femininas, para que, um dia, unida a alguém pelo amor, possa gerar filhos. Na verdade, agir instintamente é não se submeter à ação a reflexão, pois como já vimos à sexualidade refere-se à pessoa toda: corpo, mente, espírito e intelecto. Porque o homem é um animal que se distingue dos outros pela razão. Como diz o filosofo Descarte “Penso logo existo”. Agir instintamente é sinal de imaturidade afetiva.
           
Portanto, a formação procurou demonstrar para os jovens a riqueza que é a nossa sexualidade. Ela é muito mais que os nossos órgãos genitais. E que o corpo do homem e da mulher é Templo do Espirito Santo (1Cor 6, 19), e este merece respeito, por que é obra criada por Deus e sinal da presença do Espirito. Não esqueçamos que Jesus valorizou tanto o corpo que resolveu tornar-se um de nós. Lembre-se meu querido jovem! O seu corpo é sagrado e carrega em si a beleza de toda a criação. E formos criados para a felicidade. “O corpo é uma das belas manifestações da sexualidade. Ele não é tudo, mas faz parte do todo. Ele é uma mensagem de Deus em nossa vida. Por meio dele, o Mistério de Deus se torna visível e pode ser sentido e vivido.” (João Paulo II).

Seminarista Isael Brito
Estagiário


CREIO NO PERDÃO DOS PECADOS


O glorioso mistério da ressurreição  do Senhor, nos dá o presente da PAZ e o do PERDÃO DOS PECADOS ortogado  aos apóstolos no mesmo dia que ressuscitou. O perdão que gera a paz e que brotou do perdão dos pecados.

O perdão dos pecados marca a missão do Senhor no mundo: “Se entregou por nossos pecados e ressuscitou por nossa justificação” (Rm 4,25).

Como  resultado da paz que ele nos consegue, “Ele é nossa paz” (Ef 2,14). Jesus significa SALVADOR. Por isso exerce sua misericórdia com a humanidade e dá a sua Igreja a missão de perdoar : “recebei o Espírito Santo: a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados...”(Jo 20,23). Na Igreja, portanto, existe o perdão dos pecados em virtude de uma condescendência infinita de Deus para com a humanidade.

No Símbolo Apostólico (Credo), professamos a fé no perdão dos pecados: “Creio... no perdão dos pecados...”.
No Símbolo Niceno-constantinopolitano se explicita dizendo: “Confesso que há um só batismo para a remissão dos pecados”.

A CONFISSÃO
O sacramento da Penitência, ou Reconciliação, ou Confissão, é o sacramento instituído por Nosso Senhor Jesus Cristo para apagar os pecados cometidos depois do Batismo. É, por conseguinte, o sacramento de nossa cura espiritual, chamado também sacramento da conversão, porque realiza sacramentalmente nosso retorno aos braços do pai depois de que nos afastamos com o pecado.
Depois do Batismo não é possível obter o perdão dos pecados mortais sem a Confissão, embora seja possível antecipar o perdão com a contrição perfeita acompanhada do propósito de confessar-se. Quem se comporta desta maneira comete uma falta grave. Pois todos os pecados mortais cometidos depois do batismo devem ser acusados na Confissão. A confissão é a manifestação humilde e sincera dos próprios pecados al sacerdote confessor.
Para fazer uma boa confissão é  necessário: fazer um cuidadoso exame de consciência, arrepender-se  dos pecados cometidos e o firme propósito de não cometê-los mais (contrição), dizer os outros pecados ao sacerdote (confissão), e cumprir a penitência (satisfação). O exame de consciência é a diligente busca dos pecados cometidos depois da última Confissão bem feita.
O arrependimento certamente olha para o passado, mas implica necessariamente um empenho para o futuro com a firme vontade de não cometer jamais o pecado. A previsão do pecado futuro não impede que se tenha o propósito sincero de não cometê-lo mais, porque o propósito depende só do conhecimento que nós temos de nossa fraqueza. Vamos aproveitar este tempo para se confessar e fazer um verdadeiro encontro com o Senhor mediante uma atitude de mudança de hábitos.


QUARTA FEIRA DE CINZAS



      

Ao receber daqui a pouco as cinzas sobre a cabeça, ouviremos mais uma vez um claro convite à conversão que pode expressar-se numa fórmula dupla: "Convertei-vos e acreditai no evangelho", ou: "Recorda-te que és pó e em pó te hás-de tornar".




      Amados irmãos e irmãs, temos quarenta dias para aprofundar esta extraordinária experiência ascética e espiritual. No Evangelho (cf. Mt 6, 1-6.16-18), Jesus indica quais são os instrumentos úteis para realizar a autêntica renovação interior e comunitária: as obras de caridade (a esmola), a oração e a penitência (o jejum). São as três práticas fundamentais queridas também à tradição hebraica, porque contribuem para purificar o homem aos olhos de Deus.
        Estes gestos exteriores, que devem ser realizados para agradar a Deus e não para obter a aprovação e o consenso dos homens, são por Ele aceites se expressam a determinação do coração a servi-l'O, com simplicidade e generosidade. Recorda-nos isto também um dos Prefácios quaresmais onde, em relação ao jejum, lemos esta singular expressão: "ieiunio... mentem elevas: com o jejum elevas o espírito" (Prefácio IV).
      O jejum, ao qual a Igreja nos convida neste tempo forte, certamente não nasce de motivações de ordem física ou estética, mas brota da exigência que o homem tem de uma purificação interior que o desintoxique da poluição do pecado e do mal; que o eduque para aquelas renúncias saudáveis que libertam o crente da escravidão do próprio eu; que o torne mais atento e disponível à escuta de Deus e ao serviço dos irmãos. Por esta razão o jejum e as outras práticas quaresmais são consideradas pela tradição cristã "armas" espirituais para combater o mal, as paixões negativas e os vícios.
      Pedimos a Maria que nos acompanhe para que, no final da Quaresma, possamos contemplar o Senhor ressuscitado, interiormente renovados e reconciliados com Deus e com os irmãos. Amém!Adaptação da Homilia do Papa Bento XVI - Quarta-feira de Cinzas, 21 de Fevereiro de 2007 - Basílica de Santa Sabina no Aventino.
(
www.vatican.va)


Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma de 2012

«Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras»
(Heb 10, 24)
Irmãos e irmãs!
A Quaresma oferece-nos a oportunidade de refletir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.
Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus.
1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.
O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e, todavia, são objeto de solícita e cuidadosa Providência divina. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada».
A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre.
O fato de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal.
2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.
Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paul.
3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.
Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus.
Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18).
Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.
Vaticano, 3 de Novembro de 2011

 

                   

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