quarta-feira, 24 de outubro de 2012

A MISSÃO NÃO É UM KAIRÓS, MAS UM IMPERATIVO

A missão não é um Kairós, ela é um imperativo (Mt 28, 19). Não só agora num contexto de pós-modernidade, relativismo e perca do sagrado, mas sempre fez parte da vida da Igreja, pois a vocação da Igreja e do cristão é essencialmente missionária. O Vaticano segundo nos diz; “A Igreja é, por sua natureza, missionária, enquanto tem sua origem na missão do Filho de Deus e na missão do Espírito Santo, segundo o seu desígnio de Deus Pai”. Nas atuais circunstâncias do panorama mundial, renova-se a urgência missionária, não somente “ad gentes”, mas também no interior do próprio rebanho, já constituído como Igreja. O Papa Bento XVI, desde o inicio de seu pontificado, repete constantemente o tema das novas condições em que se encontra a Igreja hoje na sociedade pós-moderna. “Defrontamo-nos com uma sociedade cuja cultura procura recusar a Deus e é profundamente marcada pelo secularismo, pelo relativismo, cientificismo, indiferentismo religioso e laicismo, às vezes, militante e anti-religioso. Esta nova cultura pós-moderna avança”. Por isso, a Igreja nos convoca hoje para um projeto missionário propriamente dito, trata-se de um projeto de animação missionária. Um dos compromissos centrais de Aparecida foi despertar a consciência discipular dos cristãos, resgatar a dimensão missionária da Igreja e convocar para uma Missão em todo o Continente. De “maneira que se procurará colocar a Igreja em estado permanente de missão” (DAp 551). Nas palavras de Aparecida, a Igreja está chamada a repensar profundamente e a relançar com fidelidade e audácia sua missão. Trata-se de confirmar, renovar e revitalizar a novidade do Evangelho arraigada em nossa história, a partir de um encontro pessoal e comunitário com Jesus Cristo, que desperte discípulos e missionários. Isso não depende tanto de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos que encarnem essa tradição e novidade, como discípulos de Jesus Cristo e missionários de seu Reino, protagonistas de uma vida nova para América Latina que deseja reconhecer-se com a luz e a força do Espírito. Portanto, esta firme decisão missionária deve impregnar toda a Igreja e todos na Igreja, as estruturas eclesiais, os planos pastorais de dioceses, paróquias e comunidades religiosas, movimentos e qualquer instituição na Igreja. Nenhuma comunidade deve isentar-se de entrar decididamente, com todas as forças, nos processos constantes de renovação e de abandonar as ultrapassadas estruturas que já não favorecem a transmissão da fé (DAp 365). Somos hoje convocados a abrir-se ao impulso do Espírito Santo e incentivar, nas comunidades e em cada batizado, o processo de conversão pessoal e pastoral ao estado permanente de Missão para a Vida plena. Isael Brito

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